«O modelo regulatório brasileiro tem tido consistência forte, com um órgão regulador rigoroso no cumprimento das metas, mas necessitamos de uma actualização, uma mudança estrutural em relação ao actual quadro», afirma Francisco Padinha, para quem as actuais regras do sector brasileiro beneficiam os operadores de telefonia fixa, em detrimento dos operadores móveis.
A liberdade de negociação entre as empresas fixas e móveis para a cobrança de tarifas de interligação proposta pelo regulador brasileiro Anatel para o próximo ano poderá causar um impacto negativo em toda a indústria de telefonia móvel no Brasil, salientou por outro lado: «Não há espaço para livre negociação, o que vai haver é uma imposição por parte das fixas que têm um poder de negociação terrível». Padinha considera mesmo que poderá haver um retracção dos investimentos nos operadores móveis.