O pedido da Vodafone tem a sua razão de ser mas as especulações não tardaram a chegar. A encomenda não se destina ao mercado japonês, mas sim ao mercado europeu, onde a Vodafone espera apresentar durante o próximo Outono um modelo exclusivo de telemóvel que tenha câmara fotográfica digital incorporada e que poderá ser a nova coqueluche das comunicações móveis do futuro.
Isto porque pelas contas do maior operador europeu, o UMTS não deverá sair para a rua tão cedo e quem não conseguir novas oportunidades de negócio corre o risco de estagnar no pântano em que está mergulhado o sector das telecomunicações em geral.
A experiência japonesa, neste caso, pode ser bem aplicada na Europa, ao contrário do que está a acontecer com o i-mode na Holanda e na Alemanha. É que a J-Phone, já em 2000, tinha apresentado aos seus clientes terminais com câmaras digitais, capazes de enviar fotografias tiradas no momento, quer via e-mail quer via mensagem de rede, o que se tem revelado um sucesso até hoje.
Mas não é só a Vodafone que planeia apostar neste segmento. Também a Sharp e a Sanyo Electric tencionam apresentar ainda no decorrer deste ano os seus modelos de máquinas digitais-telemóveis, tanto na Europa como nos Estados Unidos, ou seja, depois da confusão tecnológica dos PDA`s/telemóveis e vice-versa, em não se sabe onde começa a agenda electrónica e acaba o telefone móvel, surge a geração das máquinas fotográficas digitais, confundidas com terminais de comunicação móvel.