O Vodafone Smart Ultra 6 visto à lupa
*Imagem: Telemoveis.com
*O Vodafone Smart Ultra 6 foi cedido para testes pela Vodafone Portugal
• Ecrã de 5,5 polegadas (Full HD, 1080 x 1920)
• Android 5.0 Lolipop
• Câmara digital de 13 MP + 5 MP (frontal)
• 16 GB de armazenamento
• 2 GB de RAM
• NFC
• Octa-core, 1.5 GHz (Snapdragon 615)
• 3000 mAh de bateria
• MicroSD até 128 GB
• Bloqueado à Vodafone
• €194,91 no site da Vodafone Portugal
Não lhe vou mentir: o preço é mesmo uma das melhores coisas no Vodafone Smart Ultra 6. Dentro da categoria dos telemóveis que custam entre 150-200€, o Vodafone Smart Ultra 6 destaca-se por ser o telemóvel com as melhores características técnicas (essencialmente é a melhor relação preço-qualidade desta gama).
É claro que eu faço esta afirmação sem contabilizar as propostas ‘underground’ das fabricantes chinesas. Mas até nesse caso o Vodafone Smart Ultra 6 apresenta argumentos que considero bastante convincentes. Argumentos como:
• Garantia e credibilidade da marca
• Acessibilidade
• Preços competitivos
• Apoio técnico
A meu ver o primeiro argumento é um pouco óbvio: a Vodafone não só é uma marca popular em Portugal, como o é em quase todo o mundo. Para um consumidor europeu, em particular em Portugal, há mais confiança num operador como a Vodafone do que numa marca chinesa pouco conhecida.
Isto leva-nos directamente ao segundo argumento, o da acessibilidade – o Vodafone Smart Ultra 6 é mais fácil de obter (mais rapidamente também) do que muitas das propostas agressivas vindas da China. E aqui se o número de lojas físicas da Vodafone Portugal não chegar, basta fazer uma visita ao site da operadora.
Os preços do Vodafone Smart Ultra 6 também são igualmente competitivos, mesmo tendo em conta a concorrência asiática. Uma das propostas mais recentes do mercado – o OnePlus X, a título de exemplo – apresenta características quase equivalentes ao Vodafone Smart Ultra 6 (ok, com algumas contrapartidas bem mais apetecíveis, admito, mas que em geral podemos dizer que são próximas das especificações do Vodafone Smart Ultra 6) e deverá custar €250.
São pelo menos 50€ (€55, vá) adicionais face ao preço-base do Vodafone Smart Ultra 6, aliados a uma maior dificuldade em obter aquele telemóvel e a um maior tempo de espera para o receber.
Ou seja: até na conveniência o Vodafone Smart Ultra 6 acaba por se revelar uma boa proposta. Já o apoio técnico a que o ‘phablet’ da Vodafone se encontra sujeito não é sequer comparável a nenhuma proposta asiática que não tenha uma grande marca por detrás.
Eu diria que a relação preço-qualidade do Vodafone Smart Ultra 6 é algo de estupendo. A outra grande proposta que eu consideraria a seguir seria o Moto G da Motorola, mas mesmo esse telemóvel é mais caro que este. E até sai a perder para o Vodafone Smart Ultra 6 em algumas das suas características técnicas.
O melhor, no entanto, é que ainda é possível reduzir o preço do Vodafone Smart Ultra 6. Só que esta é uma hipótese/vantagem acessível apenas para quem já for cliente da Vodafone – refiro-me aos membros do Clube Viva e à utilização dos pontos Vodafone para amortizar os preços do Vodafone Smart Ultra 6.
Imagem: Telemoveis.com
É possível comprar o Vodafone Smart Ultra 6 pelos seguintes preços:
• €194,91
• €126 + 424 pontos (Clube Viva)
• €90 + 1049 pontos (Clube Viva)
A terceira opção é sem dúvida a mais apetecível, mas implica que já se seja cliente da Vodafone há tempo suficiente para se ter acumulado 1049 pontos. Para uma diferença de aproximadamente 30 euros, contudo, a opção intermédia (€126 + 424 pontos) parece-me ser a mais razoável e a mais fácil de executar. Ou isso, ou paga simplesmente os quase €195 que a Vodafone pede pelo Smart Ultra 6. Aqui a decisão é sua.
A título de comparação, a 3ª geração do Motorola Moto G custa (livre de operador, claro) €208,81 na Fnac. Uma diferença que não é muito expressiva, mas que penso não fazer sentido aproveitar se por menos (quase) €14 podemos levar para casa um telemóvel com as características gerais do Vodafone Smart Ultra 6.
Comparado com outros telemóveis da Vodafone, o Smart Ultra 6 é ainda a proposta mais cara. Por menos €30 a operadora disponibiliza o Vodafone Smart 4 Max, que em contrapartida oferece um ecrã HD de 6 polegadas (mas o processador já é quad-core e a versão pré-instalada do Android é a 4.4). Ou seja: por uma diferença de preços não muito substancial (isso seria uma diferença de pelo menos €50), creio que o Vodafone Smart Ultra 6 é mais merecedor do seu dinheiro.
Ironicamente, é contra o bem mais baratinho Vodafone Smart Prime 6 que o Ultra perde argumentos: apesar do ecrã do Prime 6 ser definitivamente mais pequeno (e apenas HD), a verdade é que por €119,90 tem direito a um quad-core de 1.2 GHz, câmara de 8 MP que filma em Full HD e a Android 5.0 Lolipop de origem. E claro, também a suporte 4G. Se não estiver à procura de um desempenho particularmente exigente, acredito que o Vodafone Smart Prime 6 se apresenta como um investimento mais em conta.
Antes de fechar esta secção, decidi comparar também – muito brevemente – o Vodafone Smart Ultra 6 com o Motorola Moto G (3ª geração). Isto foi o que concluí:
• O Vodafone Smart Ultra 6 é ligeiramente mais barato
• O Vodafone Smart Ultra 6 tem a desvantagem de estar bloqueado
• O Vodafone Smart Ultra 6 tem um ecrã maior, e com melhor resolução
• O Motorola Moto G tem menos espaço de armazenamento-base interno (8 GB vs 16 GB no Smart Ultra)
• O telefone da Vodafone tem mais RAM
• O processador do Smart Ultra 6 também é mais potente
De facto, para o preço a que está o Vodafone Smart Ultra 6 parece oferecer muito. O único crime aqui é a sua tendência para passar despercebido.
Imagem: Telemoveis.com
• Muito bom para a sua categoria
• Desempenho nem sempre correspondente ao esperado
Se eu tivesse que escolher uma palavra-chave para definir o Vodafone Smart Ultra 6, escolheria ‘balanço’. Isto porque creio que é um telemóvel que cria expectativas elevadas em relação às suas características, mas que pode levantar algumas dúvidas em relação ao seu preço. O que é compreensível: como se costuma dizer, ‘quando a esmola é muita o santo desconfia’.
Reconheço que no caso do Vodafone Smart Ultra 6 a proposta parece ser demasiado interessante para ser verdade. E a verdade é que existem aspectos positivos e negativos no telefone. Um aspecto que considerei menos positivo (não foi negativo; simplesmente não foi tão positivo como seria de esperar) foi o do desempenho do telemóvel. Mas vamos por partes.
O Vodafone Smart Ultra 6 é um ‘phablet’ 4G e com 5,5 polegadas por menos de €200. Honestamente creio que seria irrealista esperar que, nestas condições, o seu desempenho fosse 100% estelar. Não o é, e é por esse motivo que tem um preço tão acessível.
O que oferece por este valor, contudo, é justo. E as questões relativas ao desempenho parecem-me dever-se mais à optimização do software do que ao hardware. Também creio que não se espera, por um valor destes, ter um equipamento com um desempenho próximo do de um telemóvel topo-de-gama.
• Ecrã Full HD de 5,5 polegadas (mais pelas medidas do que pela resolução)
• Câmara de 13 MP (uma resolução que se tornará comum nesta gama)
• Android 5.0 Lolipop
• Octa-core, 1.5 GHz (um Snapdragon 615)
• 2 GB de RAM
• NFC
• 3000 mAh
Ter um ecrã Full HD não é o que torna o Vodafone Smart Ultra 6 num telemóvel apelativo (ou melhor: até é, mas felizmente não é o único ponto forte deste telefone). É o facto de ter um ecrã Full HD de 5,5 polegadas, com uma densidade de píxeis de 401 ppi. Ou seja: o ecrã do Vodafone Smart Ultra 6 é mesmo muito bom para a sua categoria, e permite – por menos de €200, sublinho – usufruir de uma experiência multimédia perfeitamente completa. Melhor do que a maioria dos telemóveis de gamas equivalentes à sua.
As medidas do ecrã do Vodafone Smart Ultra 6 também são interessantes por outro motivo: são grandes o suficiente para garantirem uma experiência tão imersiva quanto o ecrã de um telemóvel o pode permitir, mas sem cair no exagero. Recordo que com 6 polegadas já temos um telemóvel demasiado grande e que dificilmente conseguimos usar com uma só mão.
E tudo isto dentro de uma categoria de preço que considero ser acessível à maioria dos consumidores comuns. De facto, a maioria das propostas da concorrência dentro destes preços (€150-€250) mais facilmente vêm equipadas com um ecrã HD do que Full HD. A meu ver, este é um dos argumentos que tornam o Vodafone Smart Ultra 6 num bom negócio.
O Vodafone Smart Ultra 6 também vem equipado com uma câmara de 13 MP. A resolução, que é certamente bem-vinda, começa a tornar-se comum nestas gamas de preços. Faço questão de recordar que há praticamente um ano o standard das médias gamas eram os 8 MP, e que os 13 MP costumavam estar reservados para os topos-de-gama. Por isso: não é tão surpreendente, mas é uma adição bem-vinda.
Sobre a câmara do Vodafone Smart Ultra 6, também tenho a dizer que fiquei surpreendido pela positiva com a experiência de utilização que oferece. A interface é francamente simples e creio que até mesmo os utilizadores mais inexperientes saberão como tirar partido do que a câmara do telemóvel tem a oferecer.
Estas são as opções disponíveis ‘in your face’ na câmara do Vodafone Smart Ultra 6:
• Manual
• Automático
• Modos
• Panorâmico
• HDR
• Filtros (são vários, tipo Instagram)
• Exposição Múltipla
• Intervalo
• Detecção facial
• Flash
• Contador
• Trocar de câmara (Frontal/Traseira)
• Definições
• Câmara
• Tamanho da imagem
• Som do obturador
• Localização
• Rever
• Armazenamento
• Restaurar predefinições
• Vídeo
• Qualidade do vídeo
• Lapso de tempo
• Bloquear focagem ao gravar
• Localização
• Armazenamento
Imagem: Telemoveis.com
Não é, contudo, perfeita: por exemplo, uma das reclamações mais comuns que a câmara do Vodafone Smart Ultra 6 gera está relacionada com o modo de fotografia Automático, onde várias das imagens aparecem tremidas. Este também não parece ser um problema isolado, e até houve outros sites portugueses que relataram ter tido experiências semellhantes. Só vejo duas hipóteses para explicar isto:
• Excepcionalmente, a falha pode ser exclusiva do modelo para testes
• O problema pode ser mesmo da falta de optimização do software
Quanto à qualidade das fotografias no Vodafone Smart Ultra 6 a minha opinião está dividida. Longe de ser má, também não é fantástica – de facto eu até diria que falta algo às imagens captadas pela câmara deste telemóvel. São simplesmente genéricas e sem contrastes apelativos. Mas depois lembro-me que estou a falar de um telemóvel que é vendido a menos de €200, e aí a minha perspectiva realinha-se novamente – pode não ser a qualidade fotográfica mais surpreendente do mercado, mas continua a ser melhor do que muitas propostas da concorrência.
Resumindo e concluindo: se optar por adquirir um Vodafone Smart Ultra 6, vai ter muito com que se entreter na câmara do telefone. A qualidade das imagens pode não ser elegível para participar num concurso de fotografia profissional, mas será mais do que adequada para conseguir registar imagens das suas saídas e encontros familiares.
Levanta-se, contudo, uma dúvida: teria sido preferível a Vodafone ter-se ficado pelos 8 MP e oferecer antes uma câmara de melhor qualidade dentro dessa resolução? Fica a minha proposta para eventual reflexão.
Imagens: Telemoveis.com
Já o processamento do Vodafone Smart Ultra 6 está a cargo de um Snapdragon 615, octa-core (1.5 GHz). Aqui eu não olharia tanto para a sua potência, mas antes para a sua capacidade em preencher os requisitos mínimos para oferecer um desempenho compatível com aquilo que pagou pelo telemóvel. O que foi o caso.
Os poucos problemas que tive relacionados com o desempenho do Vodafone Smart Ultra 6 deveram-se mais (penso eu) ao software do que propriamente ao hardware do telemóvel. Até porque convenhamos: eu não esperaria um desempenho de sonho de um telemóvel abaixo dos €200, por mais exigente que eu seja enquanto consumidor. De facto ainda permaneço um pouco descrente em relação às especificações artilhadas nestas categorias de preço – creio que na maioria dos casos tendem a ser mais fogo de vista do que a reflectir a qualidade real do telemóvel.
Mas estes são os factos: para a minha utilização rotineira do Vodafone Smart Ultra 6 (apps, internet, navegação geral) um processador quad-core já seria suficientemente bom. Isto quer dizer que para quem privilegia este tipo de utilização um processador octa-core talvez não faça uma grande diferença no desempenho do telefone. É caso para dizer: mais vale ter e não precisar, do que precisar e não ter.
Experimentei por isso instalar alguns jogos para avaliar melhor o desempenho do Vodafone Smart Ultra 6. A minha primeira escolha foi o Asphalt Nitro. Sobre isto posso dizer que ao fim de 10 minutos já o Smart Ultra 6 estava sobreaquecido, mas não ao ponto de me obrigar a parar de jogar. Notei que houve alguns ligeiros bloqueios durante o jogo, mas nada que me fizesse considerar abandonar o jogo para ir fazer outra coisa qualquer. A experiência foi agradável, e tirando este pormenor o telemóvel respondeu bastante bem aos comandos do jogo.
(nota editorial: eu não presto a jogar Asphalt Nitro)
Por último, com uma bateria de 3000 mAh é de esperar que o Vodafone Smart Ultra 6 apresente uma autonomia de vida mais do que razoável. E este foi mesmo o caso. Em 48 horas, com alguns períodos mais intensos de utilização (jogos, internet, envio de e-mails, tirar fotografias), o Vodafone Smart Ultra 6 conseguiu chegar ao fim com 42% de bateria.
Creio que quem utilizar o telemóvel sobretudo em deslocações irá sentir um certo alívio neste detalhe – o de não ter obrigatoriamente que recarregar a bateria do telefone todas as noites.
É claro que existem outros factores que poderão influencier o tempo de vida de uma carga no telefone:
• A utilização de dados móveis
• A quantidade de aplicações a correr no background
Resumindo: o ponto forte do Vodafone Smart Ultra 6 é mesmo a combinação geral das suas características individuais.
Imagem: Telemoveis.com
• Ergonómico, resistente e confortável
Tirando o facto de vir carregadíssimo de aplicações da Vodafone, o Smart Ultra 6 até oferece uma interface bastante simples e quase pura. E aqui até esta questão das apps não solicitadas pode ser facilmente resolvida – a Vodafone permite a desinstalação das aplicações e não oferece resistência se esta for a nossa decisão.
Ou seja: para quem já conhece o Android a experiência será familiar. Não tenho nada a acrescentar nesta área.
Já o design do Vodafone Smart Ultra 6 pode não ser o seu ponto forte, mas permita-me fazer uma confissão: eu não acho o aspecto deste telefone nada mau, e até acho que existem factores muito positivos a ter em conta. Factores como:
• Formato arredondado e ergonómico
• Não é demasiado leve, o que transmite uma sensação de durabilidade
• É facilmente manuseável só com uma mão
• Mais do que confortável, é agradável ao toque
Um detalhe que considero interessante: apesar das costas do Vodafone Smart Ultra 6 afirmarem que foi desenhado pela Vodafone, a verdade é que a operadora apenas fez algumas alterações ao design do ZTE S6, onde este telefone foi baseado. Admito que inicialmente também houve detalhes que me passaram despercebidos, como o das notificações LED – que no Vodafone Smart Ultra 6 são nos botões touch (botão ‘Home’).