Natal + SMS

Perdoem a abreviatura, mas este Natal foi fértil em mensagens escritas por telemóvel. Preparem-se para o Ano Novo.

A TVI chegou mesmo a falar em cinco milhões de mensagens escritas enviadas na noite de Natal. Mas o número certo ainda não está calculado por nenhum dos três operadores. O certo é que o fluxo de serviços GSM deve ter sido bem maior do que é normal, uma vez que não houve ninguém, nos grandes centros urbanos, que não tivesse sentido dificuldades em usar o telemóvel na noite do dia 24 para 25. Sobretudo na área da grande Lisboa, raras foram as ocasiões em que as mensagens eram enviadas com sucesso à primeira tentativa. A explicação foi comum às três empresas de telecomunicações móveis: toda a gente teve as mesma intenções na noite de Natal, o que levou a uma saturação da rede. Se pensarmos numa escala mais curta, é a mesma situação que ocorre, sempre, quando se tenta usar o telemóvel, por exemplo, num concerto dos U2 ou num Sporting – Benfica. O número de utilizadores a sobrecarregar a rede leva a que, muitos dos que estejam a tentar, não passem disso mesmo. Mas se este foi o cenário no Natal, onde a família supostamente devia estar mais reunida, na noite de Ano Novo, o cenário deve piorar. Piorar, para o ponto de vista do utilizador, uma vez que as operadoras esfregam as mãos de satisfação com estas alturas. Aliás, não foi à toa que a japonesa NTT DoCoMo avisou, já há largos meses, os seus clientes 3G que a capacidade da sua rede UMTS iria ser cortada em metade, para não provocar um crash do sistema. Mais vale pouco para todos, do que nada para ninguém.