Nokia 7270
Ecrãs : Principal: 128×160 pixéis a 65536 cores. Externo: 96×65 pixéis, 4096 cores.
Dimensões : 8,8 x 4,6 x 2,2 cm para 78 cm3 de volume e 121 gramas de peso.
Câmara : Resolução VGA, com zoom 4x. Grava vídeo c/ som.
Multimédia : Inclui rádio FM. Melodias nos formatos Midi e MP3/AAC.
Messaging : SMS, E_MS, MMS e cliente E-mail. Browser XHTML (WAP 2.0)
Conectividade : Porta infra-vermelhos, cabo USB como acessório.
Memória : Aprox. 15 MB para o utilizador.
Redes: Tribanda GSM (900/1800/1900 Mhz). EDGE, GPRS (classe 10) e HSCSD. Inclui Pus h to talk.
Acessórios incluídos : Bolsa, correia de transporte, duas capas e auriculares.
Bateria : BL-4C, 760 mAh. Até 4 horas em conversação e 270 em espera.
O melhor: O ecrã. Tribanda, acumulando GPRS, EDGE e HSCSD. O desenho.
O pior: Relativamente espesso/volumoso. Bluetooth ausente.
Conclusão: Bom terminal com grande maneabilidade.
Dos três modelos da série fashion este é provavelmente aquele que causará menos rebuço aos utilizadores do sexo masculino. Mantendo pormenores de grande estilo, trata-se de um modelo consensual, pleno do melhor de que a Nokia é capaz: excelente interface, com um teclado espaçoso que a concepção clamshell propicia e que é capaz de resistir à máxima falta de jeito dos mais papudos dedos, um TFT bem dimensionado e de cores brilhantes, 15 MB de memória, uma câmara que – ao contrário do 7260 – inclui zoom, bom software e capacidades de messaging, constituem alguns dos traços do mérito que lhe é devido.
Aberto o 7270 é um modelo sem qualquer tipo de congestionamento, arejado, imenso mesmo, numa impressão reforçada pelos 3,89 por 3,17 cm do seu ecrã TFT principal, capaz de 6 linhas de texto em 160 por 120 pixéis, com grande brilho e definição de cor a 12 bits.
Por fora, o modelo inclui ainda um ecrã mais pequeno (96×65 pixéis) com a virtude de, para além das funções óbvias de resumir os detalhes de quem chama, poder ser usado como «mira» para enquadramento dos auto-retratos. Sobre isto, só é pena que a função seja apenas acessível por software, não existindo um botão lateral para acesso câmara, mormente com o modelo fechado.
As tons base alternam entre o negro sóbrio do interior, com o qual contrastam apenas, com discrição, as faixas de contorno prata e vinho, e o tom metálico do exterior, na qual está presente, em relevo cinzelado, a costumeira geometria Art Deco da série.
Adicionalmente, na caixa, com o modelo, são oferecidas duas capas em material têxtil, em tons vermelho e negro, respectivamente, as quais podem ser aplicadas através do encaixe de uma série de quatro «colchetes» em cada uma das metades.
Incluída está ainda uma fina bolsa negra, bem como uma correia de transporte (ver foto infra).
No que à retroiluminação das teclas concerne a sobriedade volta a imperar sobre o estilo mais flamboyant do 7260: a luz emitida é branca.
De resto, a par das alfanuméricas, para digitação de números e letras, o terminal inclui um joypad, ladeado pelas conhecidas teclas para auxiliar a selecção dos menus.
Lateralmente, à esquerda, ombreiam com a porta de irda duas teclas: de atalho à função Premir para Falar e para ligar/desligar o terminal. Do outro lado, duas teclas regulam o volume, duplicando, a inferior, como atalho às funções de marcação por voz.
Um dos aspectos que mais credencia o 7270 prende-se com suporte simultâneo de GPRS e EDGE a par do HSCD (este, em Portugal, apesar de tudo, suportado por um único operador).
Com tantas facilidades de acesso a largura de banda acrescida só é mesmo pena que as facilidades de comunicação com outros dispositivos, na ausência do bluetooth, se limitem à porta de infra-vermelhos ou, opcionalmente, ao cabo de ligação USB.
De resto, de entre os três modelos fashion, este é o único que inclui a funcionalidade Push to Talk.
O 7270 inclui um bom sintonizador de rádio FM (memoriza até 20 estações), análogo ao do 7260, carente da conexão do auricular (interface simplificado Pop-Port), usado como fio, e que pode reproduzir som no altifalante, de outro modo usado para a função de alta-voz.
É digno de registo que o rádio pode ficar a tocar em fundo, libertando o utilizador para, se o desejar, continuar a usar as demais funções do telefone.
A possibilidade de usar melodias em formato .aac acrescenta fidelidade e flexibilidade ao midi (o terminal já vem com 335 KB de tons, num total de cerca de duas dúzias).
A câmara está limitada a uma resolução VGA de 640×480 pixéis, com aplicação de Zoom até 4X (três modos de captura – standard, retrato dimuido para MMS e Noite – e outros tantos de qualidade/compressão). Grava vídeo, com ou sem som, à descrição do utilizador, com uma duração predefinida ou máxima, assim a memória o permita (e permite bastante mais, dada a sua dimensão, do que no caso do 7260).
Leg.: Exemplos de fotos tiradas com o 7670 (clique nas imagens para as ver no tamanho original). O resultado reflecte também os ambientes nublados em que foram tiradas.
O sistema operativo do modelo assenta na série 40 da Nokia, com uma funcionalidade equivalente à do 7260 com a notável diferença de o ecrã permitir maior resolução.
A personalização pode ser operada mediante a aplicação de temas (provavelmente os melhores e de maior bom gosto que alguma vez vimos em qualquer telefone), completos com padrões de fundo animados e protectores de tela.
A sincronização, mormente com um PC, pode ser operada via a solução Nokia PC Suite.
Pela banda do Java, as aplicações inclusas, a par dos jogos, são duas, comuns ao 7260: o Translator e o Size Converter. Já os primeiros são ligeiramente diferentes: Chic Pinball e Disco (peculiar jogo de estratégia que o coloca à frente de uma discoteca e confronta com opções tremendas quanto à gestão da «casa», contratação de DJs, escolhas de equipamento de som etc.).
Leg: Nokias 7260 e 7270, lado a lado.
Para além do que já vem incluído com o telefone, a Nokia oferece «pacotes de estilo», composto por combinações entre capas de distintas cores e padrões, correias de dedo e ornamentos.
De resto, as opções são conhecidas: kit de viatura, os especialmente práticos carregadores (para quem perda o original), úteis para transportar, na medida em que se evite alguma perda de paciência com fios enrolados, diversos auriculares, cabo de dados e os acessórios «imagewear» (medalhões e caleidoscópio).
Sobre a bateria BL-4C (4 horas em conversação e 270 em espera, segundo a marca), convém notar que, apesar de comungar 760 mAh com a BL-5C, estranhamente, na nossa experiência, e ao arrepio das opiniões e da própria indicação da marca, nos pareceu mais durável (5 dias, com grande facilidade).
O Nokia 7270 é um telefone com potencialidades sem dúvida superiores às do 7260; mais sóbrio (também mais grosso) com uma memória substancialmente superior, ecrã e teclas de grande conforto, não desiludirá certamente quem por ele opte.