Nokia procurada nos EUA
A desgraça de alguns é a felicidade de outros. A importância de um telemóvel ficou mais que provada nos Estados Unidos, pelos recentes acontecimentos em Nova Iorque e Washington. Vítimas a ligarem dos escombros, na tentativa de serem localizados e salvos, não deixou ninguém indiferente. A compra de telemóveis subiu nos EUA e a marca eleita foi a Nokia.
A subida de 6.6 por cento das acções da marca finlandesa foi apenas baseada em expectativas, num mais que provável aumento da procura de aparelhos Nokia. Nem mesmo a Motorola, a jogar em casa, conseguiu superar o gigante nórdico que continua na crista da onda, mesmo quando o mercado parece arrefecer com a desilusão chamada UMTS.
Apesar de ter sido pelos motivos menos apropriados, o certo é que a Nokia prepara-se para conseguir absorver uma boa fatia de mercado, num esperado aumento de vendas de telemóveis, que está a acontecer um pouco por todos os Estados Unidos.
E repare-se na coincidência: exactamente uma hora antes do primeiro avião desviado ter embatido contra a Torre Norte do WTC, a Nokia emitia um comunicado onde se lia que a redução dos custos podiam assegurar as expectativas apontadas pela empresa para o terceiro trimestre. Mal sabia a companhia finlandesa que uma hora depois tudo iria mudar. Para pior para o mundo, para melhor para eles.
Os americanos começam a olhar para os telemóveis mais como uma necessidade, do que uma coisa “gira” para se ter. A previsão para o mercado norte-americano é que 70% da população nos EUA tenha telemóvel em 2004. Mas aqui vão muito atrás dos europeus: é que já hoje essa percentagem é verificada no velho continente. Embora os analistas considerem que o mercado europeu esteja a entrar, ligeiramente, no ponto de saturação.