Siemens SF65
CARACTERÍSTICAS
Ecrã : Resolução de 128 x 160 pixéis, capaz de 65.536 cores.
Dimensões: 91mm x 44mm x 23mm, 97 gramas de peso e 85 cm³ de volume
Câmara : 1.3 megapixéis (resolução máxima de 1.280 x 960 pixéis)
Multimédia: Polifónico a 64 tons; Java MIDP2; função alta-voz.
Messaging : MMS/EMS/SMS
Conectividade: irDa e cabo de dados.
Redes : Dupla banda GSM (900/1800) com GPRS classe 10 (até 53.6 kbps).
Memória: 18 MB de memória partilhada.
Bateria : Iões de lítio, 660 mAh. Reclama até 400 horas em espera, 4 em conversação.
O melhor: Desenho moderno, câmara.
O pior: Impossível usar cartões externos de memória; relativa pobreza multimédia.
Se o objectivo do leitor sempre foi comprar uma câmara digital mas, por qualquer razão, nunca o fez, este SF65 poderá ser uma alternativa a considerar. Como segundo telefone com uma câmara de resolução superior a uma megapixél a ser comercializado pela marca alemã, o terminal é certo é seguro que atrairá as atenções com o seu ecrã articulável, análogo, no conceito, por exemplo, ao Nokia 6260, mas indo bem mais longe do que este, seja pelo cuidado postos no traço das suas linhas, seja pela melhor colocação da sua câmara (na metade posterior do telefone e não lateralmente) e pelo conjunto muito prático de teclas e botões.
À primeira vista, o SF65 parece tudo menos um telemóvel, sobretudo quando o ecrã se encontra virado. Medindo 91 x 44 x 23mm e disponível com um design de linhas planas, tanto nos tons branco polar como ónix negro, o telefone assenta bem na mão. Dois botões para controlo do volume (que, uma vez activa a câmara, também servem para activação manual da luz tipo Flash, que assim pode duplicar a sua função como «lanterna») e um para activar a captura de imagem marcam presença, lateralmente, à direita, enquanto, à esquerda, podemos encontrar uma porta de infra-vermelhos.
Uma vez aberto , o terminal revela um ecrã TFT de 128 por 160 pixéis, capaz de 65 mil cores, tornado comum na generalidade dos modelos em forma de concha actuais. A disposição das teclas, bem espaçadas, com botões amplos, é particularmente agradável; a sua funcionalidade – bem como do joypad – é um dos aspectos mais salientes do terminal.
Como «novidade», em cada lado do TFT, existe um par de teclas. À direita (na perspectiva de quando se está a tirar uma foto; por cima, com o telefone na sua posição aberta normal) estas servem para controlar o zoom; à esquerda (em baixo, na posição normal), para garantir o acesso aos menus – função especialmente útil porquanto, ao tirar uma foto, o ecrã articulado cobre a face do telefone com as teclas alfanuméricas – ou, com o telefone fechado, duplicando a função de navegação entre menus do teclado.
O menu principal do SF65 parte de uma disposição em grelha, agrupando nove ícones de acesso para os quais, algo estranhamente, se optou por um grafismo monocromático. Não há, porém nada a apontar à usabilidade.
Para activarem a câmara de 1.3 megapixéis (capaz de tirar fotos com uma resolução máxima de 1280 x por pixéis) os utilizadores precisam de girar e rebater contra o teclado a metade superior do telefone, activando imediatamente, com tal gesto, a câmara (não se consegue tirar uma foto doutra forma). A construção aparenta solidez, não existindo quaisquer folgas no dispositivo rotativo.
Com uma resolução SXGA a qualidade das imagens obtidas é razoável, pese embora, na nossa opinião, o ajuste automático de luminosidade não ser particularmente eficiente (ver fotos), obrigando a alguns ajustes manuais. Os efeitos cromáticos que se podem aplicar passam pelos populares modo preto e branco, sépia, negativo, relevo, digital etc, bem como pela existência de um modo nocturno e da possibilidade de efectuar disparos retardados e aplicar zoom até 4x. O led tipo Flash é suficientemente luminoso, sendo no entanto de lamentar, num telefone cujo traço de carácter dominante é evidentemente a sua câmara, a impossibilidade de gravar clipes de vídeo. Os cerca de 18 MB de memória partilhados são uma quantidade generosa para memória própria mas, ainda assim, na ausência da possibilidade de adição de cartões externos, podiam ser mais dilatados. Polifónico a 64 tons, o SF65 oferece, no que ao Mobile Fun toca, a possibilidade de correr aplicações Java, sendo de destacar a inclusão do software «Cocktail Manager», uma forma original de jogo para a composição de receitas de cocktails, que vem já com variadíssimas «fórmulas» para os mais conhecidos e populares. O GPRS de classe 10 é bem talhado para o acesso à Internet, que se pode fazer a partir de um computador via a porta irDA inclusa ou através do cabo opcional, na ausência do bluetooth. Quanto a redes, valorizaria muito o modelo ser tribanda e não dupla banda. A bateria, para a qual o fabricante reclama até 400 horas em espera e 4 em conversação, dura para um uso médio, facilmente, dois dias. Leg: Supra e infra, o SF65 lado a lado com outro clamshell articulável: o Nokia 6260.
O Siemens SF65, de resto análogo ao Philips 760, tem os seus pontos fortes na beleza do desenho, que na sua versão branco polar, tem certa reminiscência com a linha dos dispositivos Apple Macintosh, bem como no apelo quase fetichista da sua câmara rotativa, sendo a interface para captura de imagens provavelmente a melhor que já vimos, também pelo número e disposição de botões disponíveis para auxiliar a função.
De resto, como pontos a melhorar, a memória podia ser maior e, para muitos utilizadores, dentro da gama de preço, a presença do bluetooth seria bem vinda tal como as funcionalidades multimédia poderiam ser mais ricas.