Se estão familiarizados com o famoso filme “I, Robot”, em que a trama principal é centrada à volta de um robot com sérios problemas existenciais, então esta notícia não anda muito longe disso. No instituto politécnico Rensselaer em Nova York, investigadores na área de robótica desenvolveram três robots que posterirmente submeteram a um “teste de consciência”.
O objectivo do teste, era averiguar se os robots eram capazes ou não de se aperceber da sua presença no mundo, de forma a que se pudesse testar a presença de uma “pseudoconsciência” capaz de reproduzir uma noção da sua própria existência. O teste funcionou da seguinte forma: foi alegadamente pressionado um botão na cabeça de cada um de três robots “NAO” – género de robots frequentemente utilizados em experiências de robótica – que supostamente os iria impedir de falar. O pressionar dos botões foram metaforizados como “Dummy Pills”.
De seguida, o objectivo era verificar qual dos robots é que não tinha tomado a Dummy Pill, o que iria obrigar a que algum deles falasse, apesar de nenhum deles saber que era capaz de emitir sons.
Passados alguns segundos, um dos robots “apercebeu-se” que conseguia emitir sons e, em resposta à pergunta do investigador “Qual foi o comprimido que receberam?”, respondeu “Desculpe, eu não sei. Fui capaz de provar que não recebi o dummy pill”.
Esta resposta prova algumas coisas. Em primeiro lugar, que o robot sabe da sua própria existência. Em segundo lugar, que se apercebeu que conseguia falar e melhor, reconhecer a própria voz.
Lendo de fora, esta experiência é sem dúvida um enorme avanço na área da robótica. Contudo lamento desiludir-vos, mas a resposta do robot já estava pré-programada pelos investigadores. Ou seja, o robot conseguiu simular a consciência humana mas não reproduzi-la.
Não deixa no entanto de ser uma fantástica experiência, que envolveu certamente uma complexa programação. O robot precisou de perceber a pergunta que lhe era dirigida, dar uma resposta e reconhecer a própria voz, o que em termos de programação não deve ter sido nada fácil de atingir.
Fiquem com o vídeo disponibilizado pelos investigadores, em baixo.