Bomba em telemóvel
É a primeira história que se conhece de um telemóvel que é detonado tal qual uma bomba. As autoridades locais de segurança tomaram conta da ocorrência, devido à complexidade do engenho, muito embora ainda não tenha havido explicações oficiais para o sucedido. O procurador da cidade de Lubertsy, Ramis Sapparov, limitou-se a dizer que tinha ocorrido uma explosão, não adiantando o que a provocou.
A versão da história veio do próprio marido da vítima mortal que confirmou a compra de um telemóvel a um vendedor ambulante, numa estação de metro de Moscovo, e que o aparelho terá explodido assim que a jovem tentou ligá-lo.
As autoridades russas ficaram surpreendidas com a sofisticação do engenho – caso tenha sido mesmo o telemóvel a detonar – já que ainda não eram conhecidos casos de telemóveis com capacidade de albergar uma bomba com tamanho potencial. A dissimulação de armas de fogo em aparelhos de comunicações móveis já era do conhecimento da polícia, mas engenhos explosivos foi a primeira vez e daí a atenção com que o caso tem sido tratado.
O avanço tecnológico a que assistimos e a presença de organizações criminosas bem apetrechadas na Rússia faz com que surjam no mercado negro dispositivos que estamos habituados a ver só em filmes de agentes secretos. Um preço demaisado alto a pagar pela abertura à democracia do velho regime comunista da ex-União Soviética.