O “Washington Post” denunciou algumas situações – todas elas verdadeiramente frustrantes para quem recebe o pedido de auxílio – para dar a conhecer a triste realidade de quem recorre ao serviço e não consegue fazer-se localizar. Foi o caso de uma mãe, com os seus dois filhos, em Chillum, que detectou um incêndio em casa e ligou para os bombeiros a partir do telemóvel. Acontece que a chamada percorreu o condado de Prince George e acabou por ser atendida por um centro de emergência a quilómetros de distância, em que o centro de atendimento nem sabia a que morada se referia a senhora que, desesperadamente, gritava por ajuda.
O problema é que o sinal de rede móvel foi captado pela torre errada, encaminhando a chamada para o centro de atendimento do 911 correspondente à área. Não se sabe ao certo o número de pedidos de auxílio que se perdem por esta razão, mas um estudo levado a cabo pela defesa do consumidor demonstrou que 15 por cento das chamadas feitas para o número de emergência não chegam ao destino. E, mesmo quando chegam, os profissionais não têm acesso automático ao endereço ou ao número de quem está a pedir socorro. Isto significa que, muitas vezes, não sabem para onde enviar a equipa de intervenção.
A questão torna-se relevante se se tiver em conta que 30 por cento dos pedidos de auxílio ao 911 são feitos por telemóvel, um valor que cresce para os 50 por cento se a amostra for feita nas grandes cidades, como por exemplo Washington.
Já por isso os norte-americanos estão a ponderar a obrigatoriedade de incluir nos terminais móveis a tecnologia GPS, para que seja mais fácil avaliar a exacta localização do utilizador. E os governos locais terão até 2005 para adaptar os seus sistemas à nova realidade.